quarta-feira, 13 de maio de 2009

Preconceito Racial (Questões Étinicas e Raciais)

Após realizar a leitura dos textos “Dimensões da Expressão Afro-cultural” e “Auto-Imagem e Auto-Estima na criança negra: um olhar sobre o seu desempenho escolar” percebi que este vem ao encontro da realidade em que estamos inseridos, pois realizei a entrevista com um aluno afro-descendente e cada pergunta realizada a tristeza e mágoa transpareciam no olhar deste aluno, pois como a autora relata em seus textos este tipo de pesquisa “Abrem feridas não cicatrizadas de aprendizagem de vida de um povo africano marcado a ferro: imigrante forçado num país que ainda rejeita seus filhos”, sendo assim através da entrevista foi possível evidenciar características das dimensões descritas pela a autora, posso citar: o preconceito racial (apelido ofensivos ao ser negro), desgosto as piadas raciais, boa relação com o professor aluno...
Outro aspecto destacado pela autora no texto que passei a comparar com a realidade escolar que estou inserido é quanto à reprovação e evasão de alunos negros, na escola onde trabalho, pois fiz um levantamento sobre os alunos afro-descendentes e constatei que há um alto índice de reprovação e evasão desses alunos, inclusive este que entrevistei reprovou, assim como suas duas irmãs também, portanto grande parte desses alunos tiveram fracassos escolares em termos de rendimento que podem estarem associados a fatores como: a baixa estima que inibem o desenvolvimento cognitivo.
A partir das leituras sugeridas e de outros textos complementares de diversos autores sobre o assunto, entendi que na figura do professor a criança aprenderá atitudes em relação ao grupo e a outros grupos raciais representativos em sua sociedade, com isso ele aprenderá de qual grupo racial é integrante e disso derivará parte da identidade social, nesse caminhar a criança aprenderá ou não adquirir preconceitos raciais, pois as idéias preconceituosas presentes na sociedade em relação à raça são transmitidas da mesma maneira que todos os valores sociais: por gestos, palavras, atitudes cotidianas, pelos mais velhos...
A figura do professor pode influenciar muito na imagem, auto-estima e na formação da identidade, pois este pode proporcionar uma imagem igualitária de todos os alunos independente de suas origens. Porém se tratando de identidade cada pessoa possui a sua singularidade, pois somos seres únicos, mas em relação à sociedade todos tem os mesmos direitos e merecem respeito.
Portanto todo e qualquer tipo de preconceito e discriminação racial deve ser extinto, mas o racismo e a discriminação racial ainda são presentes em várias instituições socializadas, como a escola, trabalho, família... Sendo assim a escola, a mídia, a família dentre muitas outras instituições podem configurar-se como ambiente capazes de extinguir toda e qualquer espécie de discriminação.

3 comentários:

Rosângela disse...

Oi Fabilso, gostei da tua reflexão sobre o preconceito racial. Sabemos que essa prática ainda está bastante presente na sociedade, então como podemos pensar o papel da escola com relação a isso? O que a escola pode fazer para minimizar esse problema? Na tua escola (onde realizaste a pesquisa) os professores conversam com os alunos sobre essa questão? Os professores falam entre si sobre o assunto? Aguardo tuas considerações para continuarmos conversando. Abraço, Rô Leffa

Fabilso.Farias disse...

Acredito como futuro educador, que as escola deva trabalhar essas questões com o objetivo de extinguir todo e qualquer preconceito, seja através do diálogo, de atividades, enfim é fundamental verificar a diversidade racial existente no nosso cotidiano, mas também devemos deixar claro que todos tem os mesmos direitos, independente de classe social de etnia.

Rosângela disse...

Oi Fabilso,

Discutir sobre o assunto é realmente um bom começo. É preciso estar aberto para aceitar a diferença (de qualquer ordem: racial, sexual, religiosa, cultural) e conviver com ela naturalmente, afinal, todos nós somos seres únicos e, portanto, diferentes. Trata-se de um exercício de alteridade que precisa ser vivenciado diariamente.

Beijos, Rô Leffa